Texto Base: Salmo 133:1
Introdução
A família é um projeto divino, instituído por Deus desde o princípio da criação. Desde os primeiros momentos da história humana, vemos a importância de relacionamentos familiares sólidos e saudáveis. No Salmo 133, Davi destaca a beleza e a preciosidade da unidade entre irmãos, algo que podemos aplicar diretamente à vida familiar. Em tempos de tantos desafios e ataques à estrutura familiar, é essencial refletirmos sobre a importância da comunhão no lar.
Mensagem
A Comunhão como Fonte de Bênção
O salmista começa afirmando que é “bom e suave” que os irmãos vivam em união. Isso indica que a comunhão familiar não é apenas algo desejável, mas também uma fonte de prazer e alegria. Quando os membros de uma família se esforçam para viver em harmonia, a casa se torna um lugar de refúgio e descanso, um reflexo do amor de Deus. A paz e a unidade no lar são como um bálsamo que alivia as tensões do dia a dia e fortalece os laços entre os familiares.
A Comunhão e o Propósito Divino
Deus criou a família como o primeiro núcleo de relacionamento humano, com o propósito de refletir Seu próprio caráter e natureza. Em Gênesis 2:24, lemos que o homem deve deixar pai e mãe e se unir à sua esposa, tornando-se “uma só carne”. Esse é um chamado à unidade e à comunhão. A família que vive em unidade cumpre o propósito divino de ser um testemunho vivo do amor e da graça de Deus para o mundo ao redor.
Os Desafios à Comunhão Familiar
Vivemos em uma época em que as distrações e as pressões externas muitas vezes ameaçam a comunhão familiar. A correria do cotidiano, o uso excessivo de tecnologia, e até mesmo as diferenças de opinião podem criar barreiras à unidade no lar. O apóstolo Paulo nos exorta em Efésios 4:3 a “procurar guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz”. Isso exige esforço, paciência, e uma disposição de colocar o outro em primeiro lugar.
A Bênção da Comunhão Familiar
O Salmo 133:2-3 compara a comunhão entre irmãos ao óleo precioso derramado sobre a cabeça de Arão, que desce sobre a barba e a orla de suas vestes, e ao orvalho do Hermom que desce sobre os montes de Sião. Essas imagens simbolizam a abundância e a bênção que fluem quando há unidade. Da mesma forma, uma família que vive em comunhão experimenta a bênção de Deus em todas as áreas da vida, desde os relacionamentos internos até as bênçãos materiais e espirituais.
Aplicação
Cultivando a Comunhão no Lar
Para que a comunhão seja uma realidade em nossos lares, é necessário cultivá-la intencionalmente. Isso pode incluir momentos de oração em família, a prática do perdão, e a criação de oportunidades para que todos os membros possam expressar suas opiniões e sentimentos. O diálogo aberto e honesto é fundamental para que a paz e a harmonia prevaleçam.
Perdoando e Restaurando
Em qualquer relacionamento, haverá momentos de conflito. A chave para manter a comunhão é a disposição de perdoar e restaurar. Jesus nos ensina em Mateus 18:21-22 que devemos perdoar “setenta vezes sete”, ou seja, sem limites. O perdão é essencial para a cura e a continuidade da unidade familiar.
Buscando a Presença de Deus
A verdadeira comunhão familiar só pode ser sustentada pela presença de Deus no lar. É importante que cada membro da família busque individualmente e coletivamente um relacionamento íntimo com Deus. Quando o Senhor está no centro do lar, Ele conduz a família em direção à paz e à união.
Conclusão
A comunhão familiar é um reflexo do próprio caráter de Deus, que é amor e unidade perfeita. Em um mundo fragmentado, as famílias cristãs têm o chamado de viver em unidade, servindo de testemunho para os outros. Que possamos nos esforçar para cultivar a comunhão em nossos lares, sabendo que isso agrada a Deus e traz bênçãos sobre nós. Como o salmista conclui, “ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre” (Salmo 133:3).