Texto do sermão
28. Mas, que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.
Mateus 21.28-32
29. Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi.
30. E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi.
31. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus.
32. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer.
Introdução
Essa parábola foi citada na semana da Paixão de Cristo, e foi uma resposta ao questionamento dos principais sacerdotes e anciãos do povo quanto à autoridade com a qual Jesus havia realizado a purificação do templo (versículos 12 e 13).
É preciso viver e não só falar
- O segundo filho simbolizava os fariseus, saduceus e escribas, representantes da religião dos judeus, mas que se encontravam tão longe de Deus quanto os pecadores.
- Falavam que eram representantes de Deus, mas ao mesmo tempo eram desobedientes e rebeldes.
- Sua conduta era diferente do que ensinavam, a aparência era de homens corretos, justos e santos, sempre dizendo “Eu vou Senhor”, porém não obedeciam na prática.
O segundo filho tinha algo em comum com os fariseus:
- Dizia uma coisa e fazia outra, era contraditório;
- Havia um conflito até entre o que prometia e o que cumpria;
- Não havia arrependimento, era hipócrita;
- Ele não mudou de uma intenção boa para uma má intenção.
- Na verdade ele não tinha nenhuma intenção de mudar.
- Quando ele dizia que ia trabalhar na vinha, já sabia de antemão que não iria.
- Só dizia de boca para fora!
Precisamos fazer diferente, que discurso acompanhe a nossa prática, e vice versa!
Reconhecer é necessário
Já o primeiro filho representava os cobradores de impostos, os pecadores e as prostitutas.
Representa os que não professam e nem praticam a fé cristã:
- Diferente do segundo filho, não temem a Deus e nem fingem;
- Não são hipócritas, sabem exatamente que são pecadores;
No entanto, ao ouvirem a pregação de João Batista esses pecadores que eram rebeldes arrependeram-se, obedeceram e se tornaram filhos de Deus.
Viviam em pecado e sabiam disso; eram como o filho rebelde.
Mas quando a mensagem sobre o pecado e sobre o arrependimento alcançou o coração deles, se arrependeram e mudaram de atitude.
- Que nossa disposição inicial sempre seja a de obedecer, seguida da prática da obediência.
- Mas caso sejamos negligentes, que haja em nós o arrependimento e mudança na disposição do nosso coração.
Se há alguém que está sendo rebelde que se arrependa, confesse os seus pecados e creia em Jesus como Senhor e Salvador e se disponha a servir ao Senhor.
Não negligencie a fé e o arrependimento
Ao responderem a pergunta de Jesus, os fariseus emitiram um veredito que recaiu sobre eles mesmos.
No v.31 Jesus disse: “Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus.”
- Há mais esperança para os conscientemente ímpios, do que para os que se consideram santos.
De todo modo a expressão “entram adiante de vós” significa que Jesus estava deixando a porta aberta para os fariseus também entrarem no Reino de Deus. Um deles a ser alcançado pelo evangelho foi Saulo.
No v.32 destaca que os fariseus:
- Não estiveram atentos ao caminho da justiça;
- Negligenciaram a fé e o arrependimento;
- Enquanto os pecadores que eram desprezados decidiram crer;
Não imite os religiosos dos dias de Jesus, faça exatamente o contrário!
Conclusão
As repostas eram diferentes entre os dois filhos e apenas demonstravam diferentes pecados.
- O segundo prometeu obediência, mas não tinha a intenção de cumprir a palavra.
- Já o primeiro nem prometeu e nem tinha a intenção de obedecer.
Até aqui não há porque preferir um ou outro, já que só são diferentes na atitude.
Mas nós, precisamos aprender com esses exemplos e que estejamos dispostos a responder afirmativamente já desde o início quando chamados a servir, e que de fato cumpramos a palavra dita.